domingo, 29 de maio de 2011

Semanário de uma construção - n.1 - Campo minado e "taubas"

E lá vamos nós, seguindo com a obra de ma petite maison.
Tudo piorou, o quintal está parecendo um campo minado.
Continuo achando este um momento totalmente sem grandes atrativos, comprando blocos, cimento, areia, ferragem, tábuas...
O que interessa saber se os blocos vieram ou não de Sergipe, e de qual fábrica? E o que discorrer sobre marcas de sacos de cimento? O pedreiro disse que tem que ser Poty, pronto. Cá estão.
A propósito, ele deve ser sócio da tal marca, pois não apenas a exigiu, como gastou horrores preparando uma base que permitiria construir um prédio.
Coisas de pedreiro do interior.
A loja de material de construção, mais barata, entrega o material em pequenas e desorganizadas parcelas - agora tenho muita areia e quase nenhuma tábua.

Ah, enfim um bom assunto!
Explico: uma boa parcela da população local, em especial na zona rural, fala tauba, em vez de tábua.
1 - Reflexo da cultura ou de problemas na educação?
2 - Será que esta virará uma forma aceita de expressão nos tais livros que o Ministério da Educação autorizou, onde se nivela "por baixo" a comunicação escrita no país (como se isso ainda fosse necessário)?
3 - Será que os alunos da Universidade Federal da Bahia, que a partir de agora serão aprovados com uma singela nota 05, terão a permissão de escrever tauba, também?
4 - Em 05 anos, contratarei um engenheiro recém formado por esta universidade, que de tanto prestígio desfrutou no passado, também escrevendo tauba?
Questões para reflexão...

Au revoir



Um comentário:

  1. "Tauba de tiro ao álvaro
    Não tem mais onde furar..."
    Querida, lendo seu post, só me veio uma coisa na cabeça: um provérbio que, dizem, é chinês, mas eu li no "Le Petit Prince"...
    E diz assim:
    "É preciso suportar algumas larvas, se quisermos ver as borboletas..."
    Eu sei que as "algumas", às vezes, são muitas, demais,e a gente acha que não vai "dar conta"...
    Mas, pense em você, em seu alpendre, balançando suavemente em sua cadeira de balanço (ou numa rede de tecido natural, com um longo barrado de crochê), degustando um chá de capim-cidreira de sua horta, em uma xícara de porcelana toda estampada em delicadas rosas, enquanto admira seu lindo gazebo cheio de plantas exóticas e perfumadas...
    Sim, isso já está acontecendo...
    Mas o que você já pode ver é apenas o início de toda essa metamorfose...
    Um peau de pacience, chérie...
    P.S O chá também pode ser um chá verde, pra ficar no clima do Desafio da Lu... Será que você será meu anjo?

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