Quase decisão

Acabo de (re)ver o filme Letters to Juliet / Cartas para Julieta. Havia esquecido o quanto gostei quando o vi pela primeira vez.
Que bom que o fiz novamente.
Trouxe sensações, sentimentos e, uma quase decisão. Digo quase, porque ainda não a concretizei, sequer estipulei um prazo. Vamos lá:
Ao longo dos meus 37 anos já decidi ser mãe, freira, médica... Acabei veterinária, mesmo não lembrando quando me decidi por isso. Ah, e mãe também (novamente sem decisões).
Comecei minha vida profissional trabalhando com produção de peixes, algo relativamente novo na época, e que muito me encantava. Dez anos depois, por uma série de fatores e argumentos, o encanto havia terminado. E não consigo me mover sem paixão.
Acabei indo para a Educação Ambiental, escrevendo propostas, planos, projetos e histórias coletadas.
Ao longo dos últimos anos,  participei da elaboração de muitas frases e folhas, tendo participado da escrita de quatro projetos vencedores de prêmios. E um, o meu preferido, escrevi sozinha.
E assim fui descobrindo o meu gosto pela escrita.
Não sou nenhuma grande artista, não tenho a habilidade de criar, inventar. Mas gosto de organizar no papel as histórias a que tenho acesso. Sei fazer isso.
E é esta a minha quase decisão: definitivamente, tenho que iniciar o projeto do meu livro, contando a história de minha família ao fugir da guerra civil de Angola.
Gosto de estimular as comunidades com quem trabalho a levantar e registrar suas histórias, para que sejam reconhecias e valorizadas. E agora tenho eu que fazer isso.
Pronto, decisão tomada. Meu prazo para a proposta concluída é julho de 2011.
Registre-se e cumpra-se.